04/12/2024 –, Sala 6
Idioma: Português brasileiro
A polícia no Brasil é violenta. O Ministério Público, que deveria coibir abusos, permanece inerte. Nesse vácuo, muitas vezes, o jornalismo assume o papel de investigar e pautar o assunto para que as famílias das vítimas busquem justiça. Mas como encontrar informações para investigação, se quem produz as evidências são as próprias polícias, que, por sua vez, não estão interessadas em produzir provas contra si mesmas? Aqui, apresentamos exemplos de jornalistas e organizações que conseguiram pautar a violência policial, criando ou encontrando seus próprios dados.
La policía en Brasil es violenta. El Ministerio Público, que se supone debe frenar los abusos, permanece inerte. En este vacío, el periodismo asume a menudo el papel de investigar y poner de relieve el asunto para que las familias de las víctimas puedan pedir justicia. Pero, ¿cómo encontrar información para una investigación si es la propia policía la que produce las pruebas, y no está interesada en producir pruebas contra sí misma? Aquí presentamos ejemplos de periodistas y organizaciones que han conseguido dar visibilidad a la violencia policial creando o encontrando sus propios datos.
The police in Brazil is violent. The Public Prosecutor's Office, which is supposed to curb abuses, remains inert. In this vacuum, journalism often takes on the role of investigating and highlighting the issue so that the victims' families can seek justice. But how can we find information for an investigation if the police themselves are the ones producing the evidence, and they are not interested in producing evidence against themselves? Here we present examples of journalists and organizations that have managed to raise the profile of police violence by creating or finding their own data.
Básico
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Jornalista investigativa dedicada a cobertura do tráfico de drogas e de armas e a violência. É cofundadora do Intercept Brasil, diretora fundadora do Instituto Fogo Cruzado e diretora da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo - ABRAJI. É membro da The Global Initiative Against Transnational Organized Crime.
É baiana, pesquisadora na área de segurança pública, violência de estado, perícias criminais, documentos e burocracias, além de advogada. Na área acadêmica, é doutoranda em Sociologia e Direito (UFF), mestra em Direito Penal e Liberdades Públicas (UFBA) e tem especialização em Direito Penal e Criminologia (INTROCRIM). Também é autora do livro "Os corpos gritam para ninguém: uma análise dos laudos periciais da chacina do Cabula" (Editora Mórula, 2024).